Longe...

... de tudo e de todos. Mas não por muito tempo. Porque o que é demais também cansa e nem sempre, refugiarmo-nos no silêncio e quase na total reclusão nos traz algo de positivo. Pois é por isso mesmo que resolvi abrir asas e voar... voar até não poder mais; voar tão alto que seja até possivel tocar, nem que seja ao de leve, o céu e descobrir todos os seus mistérios.
É, eu sei, isto é assim meio poético, romântico, até... mas eu gosto assim. Aliás, eu sou assim e nada nem ninguém poderá mudar este meu lado sensível e às vezes tão incrivelmente sonhador. E sabem porquê? Porque em grande parte, é disto que sou feita. É daqui que subtraio as minhas maiores fraquezas, mas sobretudo, é daqui que retiro as minhas maiores forças. Porque é neste lado de mim que reside o que de melhor existe em mim como pessoa, como ser humano. E porque é daqui que sou capaz de dar sempre mais de mim aos outros e guardar o que quer que eles tenham para me oferecer... é qualquer coisa como uma "cadeia alimentar" - alimentamo-nos um dos outros, mas de uma forma mais espiritual, mais superior.
Ultimamente, tenho aprendido a conhecer-me cada vez melhor. Às vezes, no meio do silêncio... às vezes no meio das lágrimas... ou simplesmente a conversar, comigo mesma ou com alguém que me ama e que gosta de mim pelo que sou... só que mesmo para nos conhecermos a nós mesmos, é preciso que queiramos e que deixemos os outros entrarem no nosso coração; que nos mostrem que há mais, muito mais, para além daquilo em que quase nos forçamos a acreditar. Porque somos tantas vezes, cegos e estúpidos, acabando por ficarmos sós na nossa própria solidão, sem querermos perceber que é muito melhor partilhar do que vivermos apenas para satisfazermos os impulsos mais imediatos e também tão fugazes... Se não soubermos dar jamais seremos alvo de uma entrega...
Só assim tudo tem mais sabor. E viverá para sempre.
Eu acredito. E tu?

Comentários

Llyrnion disse…
Cegos, sim... estúpidos, acho um pouco forte. Tens que ver também o outro lado da questão - a entrega é algo que pode ser assustador, além de que somos "programados" para nos rodearmos de muralhes de protecção, e não para partilharmos os nossos sentimentos.

Muitas vezes, quando nos apercebemos disto e tentamos inverter esta tendência, já temos para trás umas duas décadas deste comportamento, e a mudança não é nada fácil... é possível, claro, mas é preciso estarmos prontos para uma luta diária, e não nos deixarmos consumir pelas recaídas, que mais não são senão momentos de fraqueza perfeitamente normais.

Don't get me wrong, concordo inteiramente com o que dizes. Mas já estive demasiadas vezes do outro lado do espectro, sem coragem para abrir as asas. Não me sentia estúpido; muitas vezes, nem sequer cego; sentia-me apenas só.
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