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A mostrar mensagens de abril, 2006

Tá-de-chuva...

Converso comigo mesma, deambulando pela casa... Fico parada na janela. Há nuvens no céu. Cinzentas. A meio da conversa, acontece algo fabuloso e inesperado. Alguém se lembrou de abrir as comportas do céu... Olho à volta mas não há nada. Imagino-me noutro tempo, noutro lugar. Só o mar e aquela imensidão de areia que me rodeia; não vejo onde possa refugiar-me das fustigadelas que me atingem o rosto, o corpo. O primeiro impulso é correr para chegar a algum sítio onde me possa esconder da chuva, da tempestade que ameaça chegar rapidamente. É então que me confronto com os meus próprios pensamentos e com os meus próprios fantasmas. Mas tudo não passa de uma tempestade passageira. E de repente, dou por mim a dançar na chuva, a sentir... deixar aquelas gotas escorrer pela minha pele; molhar-me; fechar os olhos; sorrir e saborear o gosto dela nos meus lábios, na minha boca. Não ter medo. Não querer sair dali simplesmente porque foi o meu momento de liberdade. Apenas meu. Mais um momento de refl

Dia não...

"O sucesso consiste numa série de pequenas vitórias diárias." Zig Ziglar Juro que me estou a esforçar... nem sou pessoa de desistir nem nada, mas olha que ele há dias, em que vitórias, nem vê-las! Estou com aquela sensação terrivel e profundamente frustrante de que as tarefas que me proponho fazer, ficam sempre a meio, sem nunca conseguir terminar algo que começei. Seja como for, os obstáculos não devem servir de desculpa para o fracasso. Fui...

Quem tem mãe, tem tudo...

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Pois é, a maternidade é a coisa mais linda com que uma mulher pode sonhar... quer dizer, nem todas sonham com isso, mas pelo menos para aquelas que o desejam, é sem dúvida um dos momentos mais inesqueciveis da vida... Passados alguns anos... ainda sonolenta levanto a cabeça para perceber quem trepa por cima de mim como se eu fosse uma montanha, e o filho em causa, o experiente alpinista, que sem dó nem piedade me vai dando pezadas de me fazer suar. Olho para a janela e percebo que ainda não amanheceu e penso que raio anda o miúdo a fazer por cima de mim... de repente oiço "mãmã, tou mai diposto..." Como quem não quer a coisa ou tão pouco quer acreditar no que quer que seja, digo-lhe para se deitar e fazer mais um ô-ô. Em vão, porque a seguir vem o meu desespero: posiciona-se a jeito e sem pré-aviso, solta uma golfada de uma pasta escura e mal cheirosa, vulgo vomitado. Bem, se até ai ainda estava mais para lá do que para cá, esse foi o momento decisivo para saltar cama fora,

Tens um plano B para a tua vida?

Tens um plano B para a tua vida? Deparei com esta pergunta num cartaz de publicidade de um qualquer banco da nossa praça e dei por mim a perguntar-me: que raio de pergunta esta, nos dias que correm... Alguém me pode dizer como é possivel engendrar planos B quando é quase certo que ninguém tenha sequer um plano A? Actualmente, existem 480 mil desempregados no nosso país e foi noticia em todas as televisões e meios de comunicação que se prezem que a taxa de desemprego desceu cerca de 0,9% no mês de Março... desculpem-me lá a minha falta de entusiasmo, meus caros amigos, mas em termos práticos, o que quer isto dizer? Que estão a ser criados novos prostos de trabalho? Que não se está a permitir que se fechem ao Deus dará fábricas, deixando na rua muitas familias sem ganha pão? Que se estão a criar medidas económicas para não se deixar fugir investimentos para países, onde a mão de obra é mais barata que a nossa? Que se estão a criar programas de inserção no mercado de trabalho para jovens

Despida

Comentava agora mesmo com uma amiga que cada vez que me apetece escrever aqui, me sinto despida... parece que estou a trair a mim mesma porque estou a expor os meus pensamentos mais intimos. É que estou habituada a escrever mas quase sempre para mim ou para os meus amigos... que já me conhecem. Seja como for, há que deitar para trás das costas esta "pancada" e deixar a imaginação escrever livremente!

O primeiro encontro

"Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma" Fernando Pessoa Sem palavras. É assim que me sinto... Tanto frenesim à volta da palavra e agora não há nada para dizer. Vomito palavras para dizer aquilo que quero e aquilo que não quero, e agora, estou simplesmente sem palavras. Talvez seja o nervoso do inicio de algo, de uma relação pessoal com este blog e com quem o vier visitar. Talvez. Seja como for, quero que este blog seja um espaço dinâmico e livre, onde se expressam opiniões, se fazem comentários sobre tudo e sobre nada. À raia de libertinagem e rebeldia, não pretendo agradar nem a gregos nem a troianos, mas apenas a mim mesma, pela transparência, pela clareza de ideias e pela verdade das palavras.