Vamos brindar!

Não, não é nenhuma festa... também ninguém faz anos... de facto, o "vamos brindar" de hoje é mais no sentido sarcástico da expressão. Porquê? Cá vai um pedacinho de um momento que dava certamente um belo livro (se houvesse tempo e paciência...).

Bem, hoje é um dia especial... quer dizer, não é bem um dia, é antes sim, uma data especial. Uma data memorável no sentido de ser um marco assinalável, mas não pelo sujeito envolvido, e sim por mim! Comemoro de taça e champagne (bolas, podia quase dizer de foiçe e martelo em punho, bem à maneira do Dia do Trabalhador, mas de facto nada tem a ver com este momento do nosso calendário).

Penso que já deveria ter esquecido mas talvez seja ainda cedo... ou então, talvez o meu "tempo" não seja o tempo necessário para fazer apagar da memória lembranças, momentos que marcaram. Existem alturas na vida de uma pessoa, em que avaliamos todo o percurso por que passámos e tentamos aprender com as experiências vividas, sejam elas positivas ou nem por isso. Naturalmente, vamos conhecendo situações, pessoas que deixam em nós um pouco delas... às vezes, isso é bom, outras, tentamos a todo o custo destruir o veneno que nos foi "injectado" nas veias. É como uma droga com que se vive mas não se sabe muito bem como é viver sem ela... só quando subitamente nos é retirada, nos apercebemos o quão vulneráveis somos...

De facto, só os bravos e corajosos conseguem levantar-se, erguer bem alto a sua voz, a sua vontade. Fazerem-se de novo à vida. Ter a hombridade de assumir os erros, aprender com eles, e voltar a reescrever a própria história. Mais... agradecer a quem nos envenenou o facto de nos ter "ajudado" a crescer, a saber ver com "olhos de ver" quem afinal era... a pessoa mesquinha, egocêntrica e mau carácter, que sempre esteve ali à nossa frente... Por razões que a própria Razão desconhece (ou assim, quis eu acreditar) vamos deixando o tempo passar; preferimos iludir-nos com façanhas pouco claras e honestas... construir uma barreira à verdade e ouvir mentiras disfarçadas de generosidade e bondade. Talvez por medo, cobardia ou pura dependência doentia, não se queria aceitar o óbvio... A vida tem destas coisas - umas vezes ganhamos, outras perdemos, mas confesso, neste caso e hoje, olhando para trás, tenho a certeza que só tive a ganhar; o que não interessa ficou morto e enterrado... o que realmente valeu a pena, continua a florescer no meu jardim. E como se costuma dizer, mais vale tarde que nunca - é por isso que digo: OBRIGADA, Múrias!

É bem verdade que não costumo nomear ninguém directamente nos meus posts... mas este tinha que ser!

TCHIM-TCHIM!!!