Ai se t'apanho!!!

Então... olá amigalhaços destas coisas das bloguices!!! Pois é, resolvi vir até cá dar uma vista de olhos e ver se conseguia pôr a cabeçinha a funcionar... mas convenhamos que a esta hora e depois de um dia atribulado de trabalho e de mais uma chegada a casa com filhos, igualmente atribulada, banhos, jantares e sei lá mais o quê... a vontade, a inspiração foi-se... mas não vou desistir, não senhor, até porque recebi um mail que me deixou completamente de "gatas" de tanto rir, e como tal, não podia deixar de transcrever a aventura que uma amiga minha viveu, este fim de semana que passou. É uma história deliciosa! Ahh, um apontamento, alterei os nomes das pessoas envolvidas para preservar a respectida privacidade - não vá o Diabo tecê-las e os coitados ainda ainda vão acabar por ter as estações de televisão à porta a engalfinharem-se por um exclusivo... Então, cá vai:
"A viagem para lá foi uma desgraça. Resolvemos não ir por auto-estrada e apostar noutro caminho. Sabíamos que íamos demorar mais tempo, mas nunca pensei que fosse TANTO tempo a mais: demorámos quatro horas e meia, quando costumamos demorar umas três. Os gatos vomitaram e nós lavámos a gateira numa bomba de gasolina. Tornaram, não só a vomitar mas desta vez também fizeram cócó, numa altura em que era impossível fazer o que quer que fosse porque nos enfiámos por estradas com curvas a seguir a curvas, com piso mais que mau e sem estações de serviço nenhumas... Um horror! Para cá já correu melhor, e sem percalços.
Pois é, também eu tinha pensado que este sábado podíamos desforrar-nos na converseta. Eu ia estar sozinha porque o Perna-Longa, em princípio, iria trabalhar no sábado, e eu pensei que podíamos fazer uma prainha... Mas depois, outros planos se sobrepuseram e tivemos de ir. Outra oportunidade aproveitaremos, não é?
Mas a semana passada quis contar-te a nossa aventura e não consegui, porque tivemos umas conversas sempre a correr. Pois, a semana passada o Zeca (o gato) pregou-nos uma partida. Na terça-feira de manhã resolveu saltar da janela (ou cair, não sei). Sei que, andávamos nós a arranjar-nos para irmos fazer análises e exames para o seguro de vida da casa e tocam-nos à campainha a dizer que tinham visto o gato cair da janela. Fomos e procurámos, procurámos... Zeca! Zeca! Nada.
Nisto, o Perna-Longa foi lá acima pôr as lentes de contacto e eu continuei por ali à procura do bicho. Resolvi alargar o raio de busca e comecei a subir a rua. Olhei para um telhado, de uma casa baixinha, e lá estava ele, em cima do telhado, encostado à chaminé. Zeca! Zeca! Anda à dona! Pch, pch, pch... Olhou para mim, mas com total desinteresse.
O Perna-Longa volta e sobe ao telhado por um muro. O bichano toca de se afastar. Estava outro gato por ali, e o gajo ia-se atrás dele. Raios! Se t’apanho! Fui buscar o comedouro. Toma papa! Toma! Nada; foi-se para mais longe. O Perna-Longa desceu do telhado e demos a volta para entrar por uma ruela que daria para o outro lado da casa. O Perna-Longa sobe para o telhado de outra casa e torna a vê-lo, mas sempre ao longe. Entretanto aparece um rapaz a uma janela. O que é que se passa, o que é que não passa... Sai de casa e resolve subir ao telhado também. Bichano, bichano... e não é que consegue apanhá-lo?! Saltam eles lá do telhado com o gato agarrado pelo cachaço, mas completamente louco. Três pessoas a tentar segurá-lo e o bicho a morder e a arranhar a quem podia e como podia. Tenho uma mordidela que me ia atravessando o pulso, e que ficou bastante inchada. Mas já fui ao médico, já tomei antibióticos e está melhor. O Perna-Longa também foi bem mordido num dedo.
Lá levámos o gato para casa. Soltámo-lo em casa e o Chico (o outro gato) fica louco com ele. Bufadelas de três em pipa e ainda se pegaram. Eu já vinha com uma sensação de estranheza, mas nem queria acreditar que ali na vizinhança houvesse um gato tão PARECIDO com o Zeca. NÃO ERA ELE! Depois fechámo-lo no varandim e pudemos observá-lo, sem ele se estar a contorcer, a bufar e a arreganhar os dentes, e, finalmente ver-lhe os tomatinhos inteiros! Levámos um gato da rua para casa.

Voltámos a levá-lo para a rua. Zeca, nada! Tínhamos que ir fazer os exames e tínhamos de ir embora. Deixámos o portão do prédio aberto e com a porta travada, na esperança de ele andar por ali e pelo cheiro se orientar de volta para casa. Os vizinhos das lojas, que andavam pela rua, estavam avisados do desaparecimento do bicho, e tivemos que vir. Depois, resolvemos que eu vinha trabalhar e o Perna-Longa tirava um dos dias de compensação que tem e ia para casa. Passado uma meia hora o Perna-Longa volta a aparecer na Casa da Moeda. Tinha encontrado o Zeca, que tinha entrado para dentro da merceeria ao lado e foi encontrado pela senhora no armário por baixo da caixa registadora. Pôs-lhe uma caixa da fruta por cima e manteve-o lá. Só que no meio da aflição o Perna-Longa tinha saído de casa sem chave e teve que vir buscar a minha. E esta, hein?"
Agora, digam-me lá, esta história é ou não divinal?! Para os incrédulos, isto é totalmente verídico. Só me pergunto como raio esta gente não consegue reconhecer o animal que partilha casa com eles todos os dias?! Que "pais" mais desnaturados... estou a brincar, amiga!!! A verdade é que eles adoram estes gatinhos e se assim não fosse, vocês acham mesmo que se dariam a este trabalho todo???...
Beijocas a todos os defensores dos animais. Fui...

Comentários

Anónimo disse…
uma bela, e divertida, historia para começar o dia! Só de imaginar tds empoleirdos num telhado a apanhar um gato eheheheh
Mas o Chico é, sem duvida, um gato com sorte :)

Beijos

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